top of page

"Desafios e Oportunidades para o setor de Vestuário e Moda no futuro”.



Um grupo notável de empresas reuniu no passado dia 7 de novembro, nas instalações da ANIVEC, para debater questões centrais associadas ao setor do Vestuario e moda.


Foi considerado com enorme preocupação que a taxa de inflação tem vindo a aumentar de forma significativa e levanta muitas preocupações na Europa e em Portugal.


Todas as empresas têm estado sujeitas a aumentos muito significativos e generalizados dos seus custos, tal como decorre do encarecimento brutal da energia (combustíveis, gás e eletricidade) e do aumento dos salários, disrupção das cadeias de abastecimento, elevada carga burocrática, e ainda outro fator aglutinador, a elevada carga fiscal que impende sobre empregadores e trabalhadores.


Na atual conjuntura marcada com uma enorme incerteza, subsistem fortes impedimentos que condicionam o redimensionamento das empresas. As condições de acesso a determinadas linhas de crédito, a fundos estruturais e outras medidas de apoio limitam tal redimensionamento, pela exigência da manutenção dos postos de trabalho e concomitante manutenção do volume do emprego. Será mais um e muito gravoso fator de agravamento da falta de competitividade em relação às empresas, a impossibilidade do seu redimensionamento.


A importância dos incentivos económicos e das medidas de apoio às empresas, levam a que os apoios estaduais assumam papel central no auxílio aos operadores económicos, designadamente às empresas do setor. As empresas há muito aguardam o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Estado, designadamente pelo Banco de Fomento Nacional (Linhas Covid - conversão), cujo atraso tem provocado sérios prejuízos e fortes constrangimentos ao equilíbrio financeiro, colidindo com o planeamento que teve como pressuposto a aludida subvenção.


O Estado Social, o princípio do Estado de bem-estar social, as chamadas prestações positivas ou prestações sociais, evidenciam efeitos perversos e têm impedido a motivação e a disponibilidade do trabalhador, já que comprometem o seu rendimento líquido. A realidade ganha maiores contornos, tendo sido enunciado, a título de exemplo, o trabalhador que recusa o recebimento de um prémio de desempenho, já que tal atribuição acarreta a perda do direito ao subsídio escolar do filho, assim agravando a sua condição de sobrevivência.


A falta de trabalhadores, transversal a todos os setores, um fenómeno que não se regista apenas em Portugal, mas a nível global, com grande repercussão no nosso setor, especialmente em áreas técnicas, um setor de trabalho intensivo. A captação de migrantes para colmatar tal lacuna evidencia sérias dificuldades no respetivo alojamento, obstaculizando tal recurso.


A formação profissional é crucial para a produtividade das empresas, importa valorizar a notoriedade da profissão, sendo que a falta de formadores tem sido um óbice. Foram aventadas algumas alterações ao atual paradigma, como a promoção da formação direta pelo empregador, isto é, através de formadores internos não necessariamente credenciados pelo IEFP, bem como ainda um maior enfoque na formação direcionada para uma determinada região.

Impõe-se, portanto, a tomada de medidas, sem prejuízo da evidente necessidade de adaptação das empresas nestes tempos incertos.


Notícia Relevante
Notícias Recentes
Arquivo
  • Facebook
  • LinkedIn
  • YouTube
Ficha de Projeto_RDC_Rev1.jpg

ANIVEC / APIV - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção

bottom of page