De minimis – Parte 3: A situação na Europa
César Araújo, Presidente da Associação Nacional das indústrias de Vestuário, Confeção e Moda
Numa partilha à publicação do Portugal Têxtil sobre o sistema de minimis que, atualmente, facilita a entrada de produtos de baixo valor no mercado interno, rapidamente se conclui o quão alarmante é o relacionamento comercial da Europa com o mundo.
“Para César Araújo, presidente da ANIVEC, o sistema de minimis «promove essencialmente cadeias de retalho que distribuem produto de baixo valor, fomentando fenómenos como o da ultra fast fashion que coloca em causa a sustentabilidade de todo o sector e que impactam imediatamente as empresas dos mercados mais liberalizados por vias da concorrência desigual».”
“No fundo, acrescenta, «estas dinâmicas comerciais promovem o consumo massificado e o dumping de produtos, com graves consequências para o planeta e para a própria sociedade».”
Sem dados oficiais, sabe-se que anualmente serão importadas cerca de 23 mil milhões de peças de vestuário pela U.E. e que muitas destas chegam cá ao abrigo do regime de minimis, como realça Dirk Vantyghem em entrevista.
Numa noticia da mesma publicação, ainda sobre o impacto do consumo massificado, são partilhados dados igualmente alarmantes pela TRA, relembrando que «são produzidos 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis todos os anos – o equivalente à altura do Monte Everest a cada sete minutos ou ao equivalente a um camião de lixo de têxteis a ser deitado fora a cada segundo».
Assim, o atual desequilíbrio comercial aporta uma enorme pressão que recai sobre as infraestruturas aduaneiras, sobre a competitividade da esfera europeia e sobre o próprio Planeta. A reciprocidade de mercados garantirá que «todos os produtos que circulem no mercado interno obedecem os protocolos europeus», promovendo «o consumo mais consciente e sustentável, aproximando a Europa de um quadro ambiental, social e económico mais responsável».
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De minimis – Parte 3: A situação na Europa
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