Anivec reitera posicionamento do setor na europa
- anivec
- Mar 27
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César Araújo, presidente da direção da ANIVEC, reuniu com o eurodeputado Paulo Cunha na deslocação a Bruxelas.
A reunião visou reiterar a relevância socioeconómico do sector do Têxtil e do Vestuário no contexto europeu. Tratando-se estas de indústrias estratégicas, com especial impacto no emprego e no volume de negócios que englobam, o seu enquadramento no contexto europeu é mais imperativo do que nunca.
Com o processo da liberalização económica, a ITV foi usada como moeda de troca. As cadeias de abastecimento foram descentralizadas e as economias orientais conquistaram livre acesso ao consumidor europeu. Neste processo, artigos sem valor acrescentado e sem o devido controlo laboratorial monopolizaram o mercado do vestuário e da moda.
Os preços esmagados destes artigos estão quase sempre assentes em custos de mão-de-obra não dignificada e matérias-primas menos nobres que comprometem não só a longevidade dos produtos finais, mas a própria segurança do consumidor. Adicionalmente, sem o devido rastreamento, estes produtos estão longe do alinhamento da economia circular e, consequentemente, do compromisso europeu assumido com o Acordo de Paris.
O acesso ao mercado europeu é diligenciado pelo mecanismo do SPG e dos “De Minimis” que, seja pela origem, seja pelo baixo valor, promulgam a entrada de mercadoria sem controlo alfandegário e sem aplicação de qualquer taxa aduaneira. Este fenómeno está a sobrecarregar as fronteiras comunitárias e representa a perda de milhares de milhões de receita em coletas.
Tudo isto está a desencadear um tipo de consumo desresponsabilizado, com a massificação e volumes que batem recordes todos os anos. As consequências para o Planeta, para as infraestruturas industriais que ainda subsistem em território europeu e para as próprias marcas serão assinaláveis.
Neste enquadramento, é necessário reforçar sinergias e reformar o posicionamento europeu para que os critérios de qualidade e regulação ambiental exigidos aos produtos “made in europe” passem a ser aplicados aos produtos importados e, simultaneamente, para que se reforce o controlo aduaneiro.
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